A apresentação do projeto de lei permitindo a utilização de drone no controle de pragas, como o “bicudo”, foi uma das decisões tomadas no final da audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira (26) na Assembleia Legislativa do Ceará, por iniciativa do deputado Carlos Matos (União Brasil), para debater a revitalização da cotonicultura no estado.
A falta de incentivo dos governos, a falta de mecanização, de capacitação para lidar com a cultura, a desunião do setor, as pragas sanitárias, foram alguns fatores apontados como responsáveis pelo enfraquecimento da produção.
O presidente interino da Associação dos Produtores de Algodão do Estado do Ceará, Airton Carneiro, disse que o Ceará, atualmente, planta somente três mil hectares de algodão envolvendo 26 municípios. Afirmou que a pulverização aérea é inviável, mas com o drone é possível porque não consome água e não contamina o aplicador.
“É muito importante a articulação do setor com os poderes públicos. Não existe uma política pública que nos dê a confiança de uma resposta para a pergunta chave: aonde nós queremos chegar em dez anos? O Ceará está sem plano de agricultura, sem plano para culturas importantes como do algodão”, disse o deputado Carlos Matos.
Diante da praga do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), foi consensuado com os presentes a apresentação do projeto de lei de pulverização eficiente que permite a utilização de aeronaves remotamente pilotadas no combate de pragas e no gerenciamento de rotinas agrícolas.
O debate reuniu representantes do governo estadual, do Ministério da Agricultura, da Associação dos Produtores de Algodão, da Universidade Federal do Cariri, da Fetraece, da Faec, do Esplar, Ematerce, Sindialgodão, Embrapa, Semilla Sementes, secretários municipais de agricultura.