Adelita representa Delegado Cavalcante na justiça eleitoral

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Durante evento do feriado do 7 de setembro na Praça Portugal, onde reuniu uma multidão de pessoas, o deputado estadual Delegado Cavalcante (PL) fez discurso em defesa do uso da bala caso o presidente Bolsonaro seja derrotado na eleição presidencial.

O discurso do deputado aliado de Bolsonaro teve repercussão nacional devido ao seu conteúdo inflamado, recebendo muitas críticas,  inclusive de seus colegas, como o deputado estadual André Fernandes (PL) que usou as redes sociais para repreender Cavalcante.

Pela oposição, a candidata deputada federal Adelita Monteiro (PSOL), contrária ao bolsonarismo no Ceará, decidiu ingressar com duas ações na Justiça eleitoral pela gravidade do discurso. “Atentar contra a democracia é crime. Atentar contra a vida das pessoas e ameaçar a vida das pessoas é crime” afirmou Adelita.

Leia a íntegra da nota de Adelita Monteiro

NOTA À IMPRENSA

A candidata a deputada federal, Adelita Monteiro da Federação PSOL/REDE, protocolou, nesta quinta-feira (08/09) duas ações públicas pedindo investigação sobre o deputado delegado Cavalcante do Partido Liberal (PL), pelas ameaças proferidas durante evento público em evento de 7 de setembro em Fortaleza. “Se a gente não ganhar nas urnas, se eles roubarem nas urnas, nós vamos ganhar na bala. Não tem nem por onde, nós
vamos ganhar na bala”, declarou o parlamentar.

Os pedidos de investigação foram protocolados junto ao Ministério Público do Ceará (MP-CE) pedindo a abertura imediata de apuração para investigar os crimes de incitação a violência; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado e interrupção do processo eleitoral. A segunda ação foi protocolada junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), para retirar imediatamente das redes do deputado o conteúdo que incita ao ódio e atenta contra o resultado das urnas, nas eleições do próximo 2 de outubro deste ano. Junto à ação no TRE-CE é pedida, ainda, a aplicação de multa no valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), em caso de reincidência.

“Atentar contra a democracia é crime. Atentar contra a vida das pessoas e ameaçar a vida das pessoas é crime. Incitar a violência é crime. E nós não aceitaremos esse tipo de atitude.” Afirma Adelita Monteiro (PSOL).