Continua repercutindo o discurso do deputado estadual do Ceará, Delegado Cavalcante, no feriado de 7 de setembro, quando disse a apoiadores do presidente do Brasil na praça Portugal em Fortaleza, que se Bolsonaro não vencer a eleição presidencial com o voto, vai “vencer na bala”. O parlamentar teve pedido de cassação do seu mandato protocolado na Assembleia Legislativa do Ceará na última sexta-feira (9) pelo partido Rede de Sustentabilidade. No dia anterior, quinta-feira (8), a federação PSOL/ Rede já havia feito pedido de investigação no Ministério Público do Ceará (MPCE) e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE).
A representação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado estadual e candidato a deputado federal Delegado Cavalcante (PL) foi assinada por Toinha Rocha, Porta Voz Estadual da Rede de Sustentabilidade Ceará e candidata a Deputada Federal.
O pedido cita a fala do Delegado Cavalcante na Praça Portugal, no ato de sete de setembro, na ocasião, o deputado disse que “Se a gente não ganhar nas urnas, se eles roubarem nas urnas, nos vamos ganhar na bala. Não tem nem por onde.”
Segundo o documento, Delegado Cavalcante “desonrou o cargo para o qual foi eleito” e cometeu “ato potencialmente criminoso, praticado diante de significativa multidão, reunida em praça pública, que recebeu a fala com entusiasmo, como se pode observar em vídeo produzido no momento e amplamente divulgado nas redes sociais. Se configurou portanto, em grave manifestação, destinada a incitar os ânimos de seus ouvintes contra o sistema eleitoral, as urnas eletrônicas adotadas pela Justiça Eleitoral, o Estado Democrático de Direito, as instituições e a democracia .”
“Entrei hoje, na Assembleia Legislativa do Ceará, com uma representação contra o deputado Delegado Cavalcante pelas suas falas antidemocráticas na manifestação de sete de setembro! Provoquei a Mesa da Casa para que instaure um processo disciplinar urgente para cassar o mandato do deputado. Democracia não é brincadeira! As instituições precisam ser defendidas contra esses filhotes da ditadura!”, afirma Toinha Rocha.
Assista a explicação de Toinha Rocha