O líder do bloco governista na Assembleia Legislativa, deputado estadual De Assis Diniz (PT), ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará, na manhã desta terça (11), para criticar processo movido contra ele pelo deputado federal André Fernandes. “Logo ele, que tantas vezes usou a tribuna para dizer que a palavra de um parlamentar é inviolável, vem agir dessa maneira. Mas não irão nos calar. A imunidade parlamentar não pode ser usada indevidamente. Nunca precisei de carteira de deputado para organizar a classe trabalhadora”, reagiu.
De posse de várias matérias publicadas na imprensa, de Assis lembrou diversos episódios que contradizem Fernandes, “que cansou de ferir a honra das pessoas irresponsavelmente, sendo inclusive afastado por 30 dias do seu mandato quando era deputado estadual – pelo Conselho de Ética da Assembleia- ao acusar sem provas o também deputado Nezinho Farias de ter envolvimento com facções criminosas. Fez acusação semelhante contra o deputado Osmar Baquit, também sem provas”. Em plena pandemia, Fernandes acusou Dr. Cabeto, ex-titular da Secretaria da Saúde, de promover o falseamento de atestados de óbito de modo a elevar os casos de Covid-19. Também foi condenado a indenizar a jornalista da Folha de S. Paulo, Patrícia Campos Mello, em R$ 50 mil após acusar a profissional de trocar sexo por informações contra o ex-presidente Bolsonaro. Este ano, a Polícia Federal concluiu que o deputado federal incitou os atos terroristas em Brasília em 08/01.
“A única coisa que fiz foi defender a minha honra – eu, que tenho 35 anos de PT – e a honra de milhões de filiados que foram desrespeitados pelo pai de André, deputado estadual Alcides Fernandes, que afirmou na tribuna, em sessão plenária, que “o PT era uma quadrilha”. Pode me processar, que não tenho medo. Não abrirei mão dos meus princípios. Mas é necessário que haja o respeito no debate político“, afirmou De Assis.
O parlamentar acrescentou que vai entrar com processo judicial contra o deputado Alcides Fernandes e orientar o Partido e qualquer filiado que faço o mesmo. “Alcides será interpelado judicialmente a provar o que disse e, claro, sofrer as punições cabíveis”, avisou.