Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para as necessidades das chamadas mães atípicas, isto é, aquelas que têm filhos com deficiência ou doenças raras, a deputada Marta Gonçalves protocolou na Assembleia Legislativa, o Projeto de Indicação 626/2023, que propõe a realização do mutirão “cuidar de quem cuida” para prevenção do câncer de mama e outras doenças das mães atípicas no mês do Outubro Rosa.
Conforme a proposta, o mutirão acontecerá na última semana do mês de outubro de cada ano. Podendo ser realizadas atividades e campanhas pelo poder público, em cooperação com a sociedade civil organizada e entidades privada, para intensificar as medidas de informação da prevenção do câncer de mama e outras doenças em mães atípicas. “O termo ‘mães atípicas’ tenta chamar a atenção da sociedade para as necessidades da mulher que cuida de pessoas com deficiência, para que todos percebam que ela também precisa de cuidados”, diz.
Ela destaca que a revista Científica PLoSOne publicou estudo informando que as mães de crianças com deficiências intelectuais ou com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm saúde mais fraca que outras mães e que tal fator decorre da energia que elas gastam nos cuidados com os filhos com deficiência ou doenças raras, colocando em segundo plano seus próprios cuidados. “A pesquisa alerta ainda para os riscos consideravelmente maiores de desenvolvimento do câncer de mama, que são entre 40% e 50% maiores que das outras mães”, pontua.
“A realização de mutirão com mães atípicas no Outubro Rosa terá por finalidade ampliar as medidas de apoio com campanhas educacionais, buscando também métodos para reestabelecer a autoestima dessas mães com atividades lúdicas que incentivem a inclusão e a acessibilidade. O ‘Cuidar de Quem Cuida’ busca também destacar a situação dessas mães na sociedade, que, frequentemente, cuidam sozinhas de seus filhos que exigem maior atenção e exigem maiores gastos, possuindo rotinas excessivamente exaustivas. Objetiva-se ainda possibilitar o ativismo, engajamento, participação social e política das mães atípicas e responsáveis legais atípicos por meio da constituição de uma rede de apoio” conclui a parlamentar.