Milhã: desde 2021, MPCE investiga R$ 9 milhões em contratos suspeitos da Prefeitura

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Uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) com o apoio da Polícia Civil cumpriu dez mandados de busca e apreensão contra o prefeito de Milhã, Luiz Alan Macêdo (PSB), o controlador-geral do município, Paulo Isaac Pinheiro, e empresários locais, todos eles suspeitos de corrupção. Além do município do Sertão Central, a ação, batizada de “Facciata”, teve como alvo endereços localizados nas cidades de Fortaleza e Iguatu.

Segundo o MPCE, a investida ocorreu após investigações da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap) apontarem irregularidades em contratos firmados pela Prefeitura de Milhã e empresas de locação de veículos, limpeza pública e fornecimento de combustíveis.

MPCE

Sobre a operação “Facciata”, a reportagem do PODER 85, obteve os seguintes esclarecimentos:

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), informa que as investigações começaram em 2021 e se referem à atual gestão. Os valores dos contratos investigados chegam a R$ 9 milhões. Na operação realizada nesta quinta-feira (25), não houve pedido de prisão.

Prefeitura

A reportagem do PODER 85 recebeu da prefeitura de Milhã, através de nota, os seguintes esclarecimentos.

Leia a nota na íntegra:

“Hoje, 25 de janeiro de 2024, o município de Milhã foi surpreendido com um mandato de busca e apreensão em virtude da denúncia realizada por um ex político milhaense a Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública – PROCAP ainda no ano passado, desde então o município vem sendo investigado.

Reiteramos que a prefeitura tem colaborado com todas as investigações com vista a prestar todos os esclarecimentos. Desde a chegada dos oficiais na sede da Prefeitura municipal, até a solicitação dos documentos e equipamentos.

Juntamente com esse mandado recebemos a intimação da decisão cautelar judicial determinando a suspensão por 180 dias dos contratos e pagamentos referentes ao combustível e limpeza pública. Dessa forma ficará prejudicado os atendimentos aos pacientes do hospital municipal, aos alunos da rede de ensino pública municipal e estadual, usuários dos serviços de assistência social e outras atividades essenciais.

É de conhecimento de todos que a prefeitura municipal tem trabalhado incansavelmente em prol de toda população, porém, interesses políticos adversos têm dificultado os trabalhos da gestão.