Diante das chuvas recorrentes, no município de Nova Russas, o açude Linhares sangrou. A elevação do nível de água se deu com a cheia do açude Farias de Sousa, na mesma região. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), apenas no local choveu cerca de 31 milímetros,
Com uma capacidade total de 14 metros o açude Farias de Sousa, também foi beneficiado com a precipitação. Segundo a Funceme, seu nível teve um aumento de 44 centímetros. O reservatório agora possui mais da metade de sua capacidade preenchida.
O primeiro a sangrar no Ceará, foi o açude Germinal, em Palmácia. O açude Caldeirões, em Saboeiro, também possui destaque pois está com mais de 90% de sua capacidade total. Mesmo com três açudes sangrando o cenário hídrico no Ceará é preocupante. Dos 155 açudes monitorados pela Cogerh, 49% encontram-se atualmente com menos de 30% de sua capacidade.
O Castanhão, maior reservatório do país, registra apenas 22,76% de sua capacidade. O Orós, segundo maior do estado, encontra-se com 50,14% de sua capacidade, enquanto o Banabuiú apresenta índice de 36,35%.
Águas do São Francisco
Para manter a segurança hídrica no Estado, o governador Elmano de Freitas (PT), teve o pedido para que o Ceará recebesse as águas do Rio São Francisco, concedido pelo ministro da Integração Nacional, Waldez Góes. As águas sairão de Jati, na Região do Cariri, até o Açude Castanhão, no Vale do Jaguaribe.
Quando necessário, as águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco irão percorrer os 53km do trecho emergencial do Cinturão das Águas até o Riacho Seco, no município de Missão Velha. Em seguida fluirá para o Rio Salgado e Rio Jaguaribe, até alcançar o açude Castanhão, de onde virá a transferência para a Região Metropolitana de Fortaleza através do Eixão das Águas.