O deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) apontou, em entrevista ao Poder85, nesta quinta-feira (14), que os professores da rede estadual de ensino farão uma paralisação geral nesta sexta-feira (15/03), para manifestar a “insatisfação” com o Governo do Ceará. Segundo o parlamentar, professores que iniciaram as atividades no dia 29 de janeiro deste ano estariam com salários atrasados.
“Como presidente da Comissão de Educação Básica, estou muito preocupado com o desenrolar dessas coisas, porque prejudica diretamente a Educação do Estado do Ceará”, conta o pedetista. Cláudio Pinho afirma ainda que está apurando mais informações sobre o caso. Confira:
Paralisação e assembleia geral
O sindicato Apeoc, que representa a categoria, explica que durante a paralisação, que inclui professores do Interior do Estado e da Capital, os professores realizarão uma assembleia geral, na sede do Liceu do Ceará, no bairro Jacarecanga, em Fortaleza, para “deliberar os próximos passos onde nós tendemos a discutir um estado de greve”, conta o secretário-geral da Apeoc, Helano Maia.
Segundo Helano, a categoria tem negociado com o Governo desde o início do ano por reajuste salarial, concessão de promoções, seleção de temporários, PVR de doutores, pagamentos de retroativos de 2019 e 2023, Plano de Carreira dos Servidores da Educação, entre outras.
Seduc responde
A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) afirma que efetuou “os pagamentos de 14.931 contratos de professores com vínculo temporário”. Segundo a pasta, os pagamentos levam em conta a data de início das atividades laborais e atrasos podem decorrer de erros de “digitação dos dados bancários e a qualificação no e-Social, entre outros aspectos”.
Confira a nota na íntegra:
A Secretaria da Educação do Ceará informa que, no dia 1º de março, foram efetuados os pagamentos para 14.931 contratos de professores com vínculo temporário. Estes profissionais começaram as atividades na rede pública em 29 de janeiro, quando teve início o ano letivo de 2024.
A folha de março está caminhando para o fechamento e será realizado, em 1º de abril, o pagamento dos novos contratos digitados após o fechamento da folha de fevereiro. O pagamento leva em conta a data de início das atividades laborais.
Nos últimos anos, a Seduc tem trabalhado para garantir que um número crescente de professores receba seu pagamento logo na primeira folha após o início das atividades, graças a melhorias nos processos de contratação. No entanto, é importante ressaltar que o sucesso desse processo depende não apenas da eficiência administrativa, mas também de fatores externos, como a correta digitação dos dados bancários e a qualificação no e-Social, entre outros aspectos que influenciam diretamente na entrada do docente em folha e no recebimento da remuneração.