A usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, deve ter a licença de instalação para iniciar as obras até o mês de julho, conforme informou a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O projeto gerou polêmica entre o Governo do Estado e empresas de telecomunicações que possuem cabos submarinos que fornecem internet a todo o Brasil nas proximidades das estruturas de captação de água da usina.
O Governo do Ceará defende a construção da usina de dessalinização como um mecanismo de combate à seca, pois com o funcionamento da usina a água salgada do mar será convertida em água potável, para abastecer a população. Porém o local onde está planejada a construção, é um dos pontos brasileiros mais próximos da Europa e recebe primeiro os cabos de fibra ótica responsáveis por 99% do tráfego de dados do Brasil. A partir dessa localização, os cabos vão para Rio de Janeiro, São Paulo e países da América Latina. Esses cabos são
De acordo com a associação de operadoras TelComp, há risco de que a estrutura da usina, que capta água no fundo do mar, possa romper os cabos submarinos, oque afetará os usuários de internet de todo continente. Em contrapartida a Cagece, afirma que o projeto não apresenta risco aos cabos submarinos na região. O projeto foi aprovado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) e pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU-CE).
A previsão é que as obras tivessem início em março de 2024, com prazo estimado de conclusão para o primeiro semestre de 2026. As obras de instalação da usina serão feitas por meio de parceria público-privada com o consórcio SPE – Águas de Fortaleza, que venceu edital com investimento previsto de R$ 3,2 bilhões.