Professores estaduais seguem em estado de greve após reajuste insatisfatório do Governo

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Os professores estaduais seguem em estado de greve mesmo após o anúncio feito, nesta quarta-feira (20/03), de reajuste salarial feito pelo Governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). “O governador Elmano errou na forma e no conteúdo. Na forma, quando quebra o processo de negociação, interrompe. Nós não demos nenhum aval, nem daríamos, para a proposta relacionada ao grupo ocupacional do magistério”, afirma o presidente do sindicado Apeoc.

O anúncio do governador prevê o reajuste de 5,62%, 1% a mais que a inflação acumulada em 2023, que ficou em 4,62%.No entanto, o valor só seria pago a partir da folha salarial de julho e sem retroatividade. Na prática, os servidores só teriam o reajuste durante seis meses de 2024.

Governo anuncia

Além do reajuste, o governo anunciou que iria enviar projetos de lei para a Assembleia Legislativa do Ceará para garantir:

– Reajuste das diárias de viagem dos servidores em 50% (decreto)
– Envio do Projeto de Lei da reestruturação da remuneração dos profissionais de nível superior do Magistério
– Envio do projeto de lei referente ao Plano de Cargos e Carreiras dos técnicos-administrativos da Secretaria da Educação (Seduc)
– Projeto de Lei que cria a Diária de Reforço ao Serviço Operacional (antigo Irso) dos policiais militares (PMs) e bombeiros militares, sem a dedução do Imposto de Renda
– Envio da Lei do Piso dos agentes comunitários de saúde

Mobilização continua

A categoria segue em mobilização e têm paralisações anunciadas para os dias 26 de março, quando ocorrerá nova assembleia geral para votar o indicativo de greve; e para o dia 04 de abril, quando será realizada outra assembleia para votar o início da greve com ato no Palácio da Abolição.