A Comissão de Previdência Social e Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), realiza, na sexta-feira (24/05), às 14h, no Complexo de Comissões Técnicas da Casa, audiência pública sobre a política estadual de saúde mental e o tratamento de pacientes com esquizofrenia no Ceará.
O debate é fruto de um requerimento da deputada Gabriella Aguiar (PSD), que enfatiza a relevância do tema como uma questão de saúde pública, que merece atenção prioritária devido ao seu impacto no bem-estar e na qualidade de vida da população.
A deputada ressalta que, apesar dessa importância, ainda existem desafios significativos na implementação e no acesso aos serviços de saúde mental no Estado. “Portanto, é fundamental discutir e fortalecer a política estadual de saúde mental para garantir que todas as pessoas tenham acesso a cuidados adequados e abrangentes”, sublinha.
Além disso, ressaltando que a esquizofrenia é uma das condições de saúde mental mais complexas e incapacitantes, a parlamentar destaca que a doença afeta milhares de indivíduos e suas famílias em todo o Ceará. Além dos obstáculos já mencionados, Gabriella Aguiar acrescenta que os pacientes com esquizofrenia também enfrentam barreiras significativas no acesso aos cuidados de saúde mental, incluindo estigma, falta de recursos financeiros, escassez de profissionais especializados e lacunas na cobertura de serviços. “Portanto, é crucial abordar as necessidades específicas desses pacientes e desenvolver estratégias para superar esses desafios”, frisa.
Para a deputada, a integração e a coordenação de serviços de saúde mental também são essenciais para garantir uma abordagem holística no tratamento da esquizofrenia. Necessário promover a colaboração entre os diferentes níveis de cuidados de saúde mental, incluindo serviços ambulatoriais, hospitais psiquiátricos, unidades de saúde mental comunitárias e programas de reabilitação.
“Ao realizar uma audiência pública, podemos envolver pacientes, familiares, cuidadores, profissionais de saúde, acadêmicos e representantes da sociedade civil na discussão e na formulação de soluções para melhorar os cuidados dos pacientes”, afirma.
Diante desses argumentos, fica evidente, na opinião da deputada Gabriella Aguiar, a urgência da realização do debate para discutir e fortalecer a política estadual de saúde mental. “Fundamental para promover uma abordagem mais eficaz, inclusiva e centrada no paciente no tratamento dessa condição e no apoio àqueles que vivem com ela”, disse.
Foram convidados para a audiência pública diversos especialistas e representantes de instituições relevantes no campo da saúde mental, incluindo a secretária de Saúde do Estado, Tânia Mara; a coordenadora da COPOM/SESA, Rane Felix; o secretário de Saúde do Município de Fortaleza, Galeno Taumaturgo; a coordenadora da Célula de Saúde Mental da SMS, Berta Faraday; Raquel Maia, Lorena Feijó e Caio Maia, representantes dos médicos dos CAPS de Fortaleza; a diretoria do Hospital Mental, Davi Queiroz, Eliezer e Emanuella; o presidente da COOPEC, Cláudio Leite, entre outros.
