Galípolo sucederá Campos Neto na presidência do Banco Central

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O presidente Lula (PT) indicará Gabriel Muricca Galípola, integrante da equipe de transição de governo e peça importante na sua campanha presidencial, para substituir Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro, na presidência do Banco Central do Brasil. Seu mandato termina em 31 de dezembro deste ano.

Em junho, Lula chamou Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central e ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, de “menino de ouro” e afirmou indicará para a presidência do BC um nome “combinado” com o Senado Federal.

“Se tem um menino de ouro, é o Galípolo. Competentíssimo, de uma honestidade ímpar. Obviamente que ele tem todas as condições, mas eu nunca conversei com ele”, disse à rádio mineira Itatiaia.

Em agosto, Lula deve submeter ao Senado o nome de Galípola para presidir o BC, responsável por aprovar ou não as indicações do presidente ao BC. Lula trabalha evitar que o Congresso demore a aprovar seu indicado.

Férias de Campos Neto

Gabriel Gabriel, diretor de política monetária do BC, substitui Roberto Campos Neto na presidência da autarquia, no período de 4 a 19 de julho, seu período de férias.

Insatisfação com Campos Neto

O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Bolsonaro, tem sido alvo de Lula. O presidente questiona a política de juros altos do Banco Central desde que assumiu.

Quem é Gabriel Galípolo?

Gabriel Galípolo é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC de São Paulo, instituição na qual também foi professor nos cursos de graduação, de 2006 a 2012. Além disso, lecionou no MBA de PPPs e Concessões da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo). É também pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Sua passagem pela máquina pública teve início em 2007, no governo de José Serra (PSDB) em São Paulo. Naquele ano, o economista chefiou a Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos, e em 2008 foi diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do estado de São Paulo.

De 2017 a 2021, Galípolo foi presidente do banco Fator, instituição com expertise em parcerias público-privadas e programas de privatização. Em sua atuação no banco, conduziu os estudos para a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), processo que teve início em 2018. Em 2021, o banco Fator e o BNDES lideraram o leilão da estatal, operação que arrecadou R$ 22,6 bilhões com a venda de três dos quatro blocos ofertados.