O deputado Queiroz Filho (PDT) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará na sessão ordinária desta quarta-feira (18) para fazer ressalvas sobre a gestão do Governo do Estado, durante a votação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para elaboração do orçamento de 2025.
Empréstimos
Um dos pontos foi a quantidade de empréstimos contratados. “Um total de R$ 3,3 bilhões em empréstimos num total de um ano e meio, na minha avaliação, ainda vai dar muito problema no futuro, considerando que os valores são proporcionais a cotações do Dólar, Euro e até Iene. Lembrando que um empréstimo foi aprovado há um mês e, depois, tivemos que votar a alteração, então, há de considerar a forma como os financiamentos estão sendo feitos e a maneira corrida como estamos votando”, disse.
Reajustes na tarifa de água
Queiroz Filho também criticou o terceiro reajuste da tarifa de água pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). “O aumento acumulado já é de quase 26%. Ao passo em que foi feita uma parceria público-privada com a empresa Ambiental Ceará, resta saber se para custear essa PPP sempre haverá revisão tarifária acima da inflação. Também é importante refletirmos sobre a qualidade dos serviços prestados pela Cagece”.
Hospital César Cals
O parlamentar citou exemplos de obras em andamento que, ao seu ver, estão sendo analisadas de maneira equivocada. “Os pacientes e funcionários do Hospital César Cals serão transferidos para o novo Hospital da Uece, uma verdadeira operação de guerra. Mas isso não se trata de abertura de leitos novos como vem sendo divulgado pela Sesa, e sim, transferência de serviços. Da forma como vem sendo apresentado, é apenas tirar de um prédio para colocar em outro”.
Fila de cirurgias
O deputado destacou o número de pessoas nas filas de cirurgias eletivas no estado. “No Hospital Geral de Fortaleza e no Hospital César Cals, as cirurgias estão suspensas. Zerar a fila de cirurgias eletivas era uma promessa do Governo do Estado ainda durante a campanha”.
Recursos do Fecop
Por fim, Queiroz Filho cobrou uma melhor aplicação dos recursos do Fundo de Combate à Pobreza (Fecop). “O Ceará tem o terceiro maior percentual da população vivendo abaixo da linha da pobreza, 48,7%, à frente apenas do Acre e Maranhão. Há tempos apontamos uma grande redução do Fecop e o desvio de suas funções, dos seus objetivos de combater a pobreza”.
