“Estamos dando posse ao Conselho aqui no Paço, com a presença de diversas instituições, como Defensoria Pública, Ministério Público, Tribunal Regional do Trabalho, o Comitê Pop Jude, os diversos movimentos sociais, no Dia Nacional da Luta das Pessoas em Situação de Rua. Além disso, o prefeito anunciou medidas para habitação e para empregabilidade. Então, esse é um ponto muito histórico de trabalho pela justiça social em Fortaleza,” afirmou Gabriella.
As mensagens foram enviadas para a Câmara Municipal de Fortaleza, para apreciação do legislativo. Os dez primeiros beneficiários das cotas para o Minha Casa Minha Vida receberão suas moradias em fevereiro de 2026, no Residencial Santa Mônica, no bairro Granja Lisboa.
COMPOP
Instituído em 2014 e atualizado em 2025, o COMPOP é um espaço paritário de participação social, reunindo representantes do poder público e da sociedade civil, incluindo pessoas em situação de rua organizadas e entidades que atuam diretamente no atendimento a esse público. O colegiado tem como função avaliar, acompanhar e propor medidas intersetoriais que assegurem direitos e políticas públicas voltadas à população em situação de rua.
A coordenadora do serviço de assistência social da SDHDS, Iracema Machado, destacou a importância do COMPOP para a garantia dos direitos das pessoas em situação de rua.
“O Comitê é discute as políticas públicas para esse segmento das pessoas em situação de rua. É um comitê paritário, que conta com participação dos órgãos governamentais, de entidades que trabalham com as pessoas em situação de rua, acompanhando elas, e de integrantes do movimento da população em situação de rua. Ele normatiza e ordena essa política, discutindo os caminhos que a cidade deve tomar para garantir os direitos dessas pessoas,” ressalta Iracema.
Encaminhamento ao Residencial Santa Mônica
A Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) encaminhou famílias e pessoas acompanhadas pela rede socioassistencial e inseridas no Programa de Locação Social para o empreendimento habitacional.
O processo seguiu os critérios da Portaria Conjunta MCID/MDHC/MDS nº 4/2025, que incluem histórico mínimo de seis meses em situação de rua, acompanhamento socioassistencial, inscrição atualizada no CadÚnico e condições de autonomia para a moradia definitiva.
Foram priorizados grupos em maior vulnerabilidade: famílias com crianças, mulheres (inclusive gestantes), pessoas trans, idosos, PcDs, indígenas, além de beneficiários de aluguel social e de programas federais vinculados à PopRua.
Compromisso com direitos e dignidade
De acordo com o Cadastro Único, Fortaleza tem 10.071 pessoas em situação de rua, concentradas principalmente nas Regionais 12, 2 e 4, que juntas somam 69,9% desse público.
Com o fortalecimento de políticas intersetoriais e participativas, a Prefeitura reafirma seu compromisso em garantir direitos, dignidade e inclusão social e produtiva para a população em situação de rua.