Impactos e ampliação do programa Zona Viva são destacados em audiência pública no Jangurussu

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Os impactos das zonas vivas, equipamentos que oferecem diversas atividades de qualificação profissional, ações de cultura, esporte e lazer para comunidades, foram debatidos em audiência pública, nesta terça-feira (04/11), promovida pela Comissão de Proteção Social e Combate à Fome da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). A reunião foi realizada no Conjunto Residencial José Euclides, localizado no bairro Jangurussu, em Fortaleza, onde foi criada a primeira Zona Viva das seis existentes na capital.

O debate ocorreu por iniciativa do deputado Léo Suricate (Psol), que ressaltou que o objetivo do encontro é demonstrar que esse é um aparelho de grande impacto e de baixo custo. “A gente quis trazer aqui a sociedade e a própria Assembleia para ouvir de perto a comunidade e mostrar que isso aqui pode ser replicado em diversos conjuntos habitacionais. São espaços que, na sua maioria, são abandonados pela política pública, que não chega, e a gente quer que chegue. Isso é um exemplo do que pode ser uma política de reparação”, frisou.

Segundo o parlamentar, o Zona Viva é exemplo para todo o Estado. “A ideia é que todo conjunto habitacional tenha um desse. É um projeto barato. Com pouco mais de R$ 300 e custa cerca de R$ 700 mil por ano para o Estado manter funcionando. Mas a gente acredita numa governança que seja comunitária”, explicou.

Segundo o secretário executivo da Infância, Família e Combate à Fome da Secretaria da Proteção Social, Caio Cavalcanti, essa é uma política pública que tem o intuito de transformação social voltada para áreas vulneráveis, sobretudo para residenciais do Minha Casa, Minha Vida. “Com certeza, o Zona Viva vem fazendo a diferença. Os números mostram isso. O Governo do Estado tem intenção de fortalecer. A sociedade civil vem propondo essas políticas públicas e o Governo do Estado adotou, institucionalizou, transformou em uma ação governamental. É uma política pública que é prioridade para a Secretaria de Proteção Social e para o Governo do Estado do Ceará”, destaca.

De acordo com o coordenador do Zona Viva Jangurussu, Airton Gleisson, o equipamento foi inaugurado há dois anos e já atendeu mais de 80 mil pessoas, de diversas idades. “Aqui, a gente oferece qualificação profissional, acesso à cultura, ao esporte. A gente também integra as políticas tanto do município quanto do Estado, como o posto de saúde, as escolas. A gente também aproxima as cozinhas solidárias do equipamento, fazendo essa integração”, explica.

Ele enfatiza ainda que um espaço como o Zona Viva ajuda a oferecer alternativas aos mais jovens e que a prevenção à violência não deve ser focada apenas em aumentar o policiamento, mas também deve incluir investimentos na juventude.

“Esse é um grande desafio, que seja entendida essa política de uma maneira realmente preventiva, que aposta nesse jovem, que qualifique esse jovem e que dê oportunidades. O Zona Viva é extremamente replicável. Mas é importante entender que cada território tem a sua peculiaridade, para que a gente consiga potencializar, trazer resultados e mudar esse cenário”, concluiu.