A Prefeitura de Fortaleza realizou, nesta quinta-feira (27/11), a diplomação de 1.115 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE). A iniciativa integra o programa FORtaleCE, parceria entre o Município e o Governo do Ceará, e também o Plano Fortaleza Inclusiva, por meio do programa Saúde que Cuida.
Do total, 700 ACS e 415 ACE foram formados pelo Programa Mais Saúde com Agente, do Ministério da Saúde (MS), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O objetivo é fortalecer a integração da Atenção Primária à Saúde e da Vigilância em Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
O prefeito Evandro Leitão destacou que a valorização dos profissionais de saúde é uma das prioridades da gestão e enfatizou o trabalho dos agentes, fundamentais para o bom funcionamento da rede.
“A atenção primária é extremamente importante, e são esses profissionais que desempenham um papel fundamental nesse contexto: fazem a busca ativa, estão no dia a dia das comunidades, visitam casas, residências e lares da população. Por isso, precisamos valorizá-los e reconhecê-los. Parte essencial dessa valorização é a capacitação, garantindo que eles adquiram cada vez mais conhecimento”, declarou Evandro.
Chagas Vieira, secretário-chefe da Casa Civil do Ceará, pontuou que as parcerias entre Governo e Prefeitura devem se fortalecer e parabenizou a gestão municipal pelas ações realizadas na reestruturação da Saúde.
“A parceria entre o Governo do Estado, a Prefeitura de Fortaleza e o Governo Federal tem permitido avançar significativamente na melhoria da saúde na capital. Há dez meses, o cenário era extremamente desafiador, mas temos observado progressos constantes, com ações nos postos de saúde, nos hospitais e em toda a rede, sempre de forma conjunta e compartilhada”, afirmou.
Novas perspectivas profissionais
Esta é a segunda certificação de ACS e ACE realizada em Fortaleza, a primeira contemplou 2.127 profissionais. Riane Azevedo, titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), destacou que a conclusão do curso técnico contribui para um ganho salarial das categorias.
“Com a adição do nível técnico, o salário de cada profissional terá um aumento de aproximadamente 8%. É positivo para eles enquanto profissionais e também para o Município, que passa a contar com políticas públicas mais qualificadas e bem executadas”, declarou.
Josete Malheiro, coordenador de Vigilância em Saúde de Fortaleza, também ressaltou a importância da qualificação.“O primeiro ponto é a profissionalização: agora essas categorias contam com formação técnica. Pouco mais de 1.100 profissionais estão finalizando um processo formativo muito rico, baseado no adensamento territorial, no vínculo com as localidades de atuação e na ampliação da integração entre as duas categorias.”
Lidiane de Araújo da Silva, enfermeira e agente de saúde há mais de 20 anos, celebrou a formação. Mesmo já possuindo ensino superior, destacou a importância do curso técnico.
“É uma grande satisfação, ao longo do nosso trabalho, receber uma qualificação tão importante como esta. Muitos sabem que, no início, a atuação na área da saúde era feita de forma mais empírica, por pessoas da comunidade. Hoje, um curso técnico nos oferece embasamento teórico, mais segurança e confiança para atuar no território.”
“Sinto-me muito mais preparada e qualificada para continuar exercendo minha função pelos próximos anos. Ainda mais com o apoio da gestão e com melhores condições para desenvolver nosso trabalho com dignidade e conforto”, concluiu.
Paulo Humberto Peixoto, agente de endemias, também comemorou a conquista.
“Desde 1997 sou agente de endemias. Começamos trabalhando de forma temporária e, depois, nos tornamos efetivos. É um trabalho realizado com muito esforço e dedicação, e agora avançamos mais um degrau na nossa formação”.
“Foi muito importante o incentivo do Governo Federal ao oferecer esse curso para todos os agentes de endemias e agentes de saúde. É uma formação a mais para cada um de nós, e foi realmente muito proveitosa”, destacou.
