Alece homenageia à luta pelos direitos humanos e à memória de Herzog

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A Assembleia Legislativa do Ceará realizará, nesta segunda-feira (8/12), às 17h, sessão solene em alusão à Luta pelos Direitos Humanos e à Memória de Vladimir Herzog, jornalista assassinado pela ditadura militar em 1975 e símbolo mundial da defesa da democracia.

A solenidade, proposta pelas deputadas Larissa Gaspar (PT), Zuleide Queiroz (PSOL) e pelo deputado Guilherme Sampaio (PT), reunirá personalidades, instituições e movimentos históricos ligados à resistência democrática no Brasil, ao combate à violência de Estado e à promoção dos direitos humanos.

Diversas homenagens serão concedidas durante a sessão. Entre elas, ao Instituto Vladimir Herzog, referência internacional na defesa dos direitos humanos e guardião da memória e do legado de Herzog; à Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, que retomou seu papel central na justiça de transição; e figuras históricas como Nildes Alencar, fundadora do Movimento Feminino pela Anistia do Ceará e pioneira da educação inclusiva, e Maria Luiza Fontenele, primeira mulher eleita prefeita de uma capital no Brasil e símbolo da luta feminista e democrática.

Também serão homenageados nomes e instituições de grande relevância, como Marcelo Uchôa, advogado e defensor dos direitos humanos; a Comissão Especial de Anistia Wanda Sidou, responsável pela reparação das violações cometidas pelo Estado cearense; o Movimento Cristãos pela Democracia; o Movimento Massafeira Livre, que desafiou a censura e renovou a cena cultural cearense; e figuras marcantes da resistência política como Mário Miranda de Albuquerque.

A sessão inclui ainda homenagens à OAB Ceará, à Associação Cearense de Imprensa (ACI), ao Instituto Nordeste XXI e às homenagens póstumas a Dom Helder Câmara e Dom Aloísio Lorscheider, ícones da defesa dos direitos humanos no Brasil.

A solenidade reforça o compromisso da Assembleia Legislativa com a memória histórica, a verdade, a justiça e a democracia — princípios indispensáveis para que violações do passado não se repitam. O evento é aberto ao público e à imprensa.

“Realizar esta sessão solene em homenagem à luta pelos direitos humanos e à memória de Vladimir Herzog é, antes de tudo, um ato de responsabilidade histórica. Precisamos reafirmar diariamente que o Brasil não pode esquecer os crimes da ditadura, nem permitir que torturadores sejam relativizados ou celebrados. A memória é um compromisso com o presente e um instrumento para garantir que violações tão graves nunca mais se repitam”, afirma Larissa Gaspar, que é segunda vice-presidente da Alece.