Atendimento especializado para pessoas autistas é ofertado na Câmara

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A Câmara Municipal de Fortaleza, atendendo a solicitação da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, por meio da Central da Cidadania, realizou atendimento especializado para pessoas autistas. A ação ofertou todos os serviços do órgão, além da emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA) e passe livre. O mutirão também será realizado na próxima sexta-feira, 12.

O coordenador especial da Pessoa com Deficiência de Fortaleza, Emerson Damasceno, destacou a parceria com a Câmara com o objetivo de facilitar o acesso das pessoas autistas aos seus direitos. “Estamos muito satisfeitos com a parceria com a Câmara porque sabemos que a política pública, na implementação, se pudermos dar uma acessibilidade maior a uma população que já é vulnerável, é muito importante. E esperamos fortalecer cada vez mais essa relação Executivo/Legislativo e com outras entidades para podermos levar mais inclusão e acessibilidade para pessoas autistas, mas também aos seus familiares, pois sabemos que sofrem muitas barreiras sendo pais e mães ativos”, ressaltou.

Emerson ainda pontuou sobre a importância da ação na Central da Cidadania. “É importante notar que é um esforço coletivo. Já entregamos mais de 12 mil carteiras no primeiro ano. Agora vamos entregar mais 2.500, mas estamos cientes de que há uma população maior de pessoas autistas aqui em Fortaleza, que é a quarta maior capital do Brasil. Então essa ação é um instrumento de cidadania, contra o capacitismo que é estrutural, infelizmente. Ainda há muito preconceito e há muitas barreiras. Uma delas é atitudinal. Em locais públicos onde há filas, por exemplo, como o autismo não é visível, as pessoas sofrem muito constrangimento. Então essa identificação é importante para acessar serviços públicos ou privados com o direito constitucional que é prioritário também”, afirmou.

A autônoma Thalyta do Nascimento, 33 anos, conta que buscou atendimento para a emissão do RG do seu filho Caio Jonas, 12 anos, que recebeu o diagnóstico há quatro anos.

“Achei uma ação muito importante, até porque a gente tem uma certa dificuldade nos locais de conseguir agendamento por conta da superlotação. Há algum tempo eu já vinha tentando fazer agendamento e não conseguia, mesmo ele sendo prioridade. Eu percebi que os locais até tentam, até tentam ajudar, só que muitas vezes fogem do alcance deles, então eu achei muito importante, porque, assim, foi uma ação que está realmente priorizando e dando importância à prioridade que eles têm. Ele chegou e já foi atendido, não demorou, não teve espera, não teve dificuldade, todo mundo muito atencioso com ele em todos os sentidos”, apontou.