Dia Mundial da Alimentação Escolar: a segurança alimentar na rotina dos estudantes da Rede Municipal de Ensino

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Na rotina das escolas, cerca de 550 mil refeições são oferecidas diariamente, beneficiando mais de 237 mil alunos da Rede Municipal de Ensino. E para reforçar a introdução de bons hábitos alimentares desde os primeiros anos de vida, neste Dia Nacional da Alimentação nas Escolas (21/10), a Secretaria Municipal da Educação (SME) destaca a segurança alimentar como uma importante política no processo de aprendizagem.

A oferta de alimentação nas unidades municipais de Fortaleza inicia nos processos de licitação, onde são estabelecidos os critérios sanitários dos gêneros que serão adquiridos. Feito isso, os cardápios escolares são elaborados com base nas necessidades de cada faixa etária, entre outros fatores importantes para a nutrição.

Na garantia a esse direito, todas as escolas municipais são acompanhadas por nutricionistas, que constroem mensalmente os cardápios e monitoram não somente a qualidade das refeições distribuídas aos estudantes, como também as boas práticas. Elaborados pela equipe de nutricionistas da SME, os cardápios são feitos de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Em 2024, o programa repassou ao município R$ 53.837.444,00. Além disso, Fortaleza também faz o complemento com recursos municipais. Até outubro deste ano, o município investiu aproximadamente 5 milhões de reais. O custo diário dessa alimentação varia justamente da modalidade a ser atendida, que vai desde os berçários até os programas de jornada ampliada.

“O Pnae é uma iniciativa federal que fornece recursos e ações de educação alimentar nos estados e municípios. Em Fortaleza, este investimento e todo o processo de oferta refletem que a segurança alimentar é prioridade na gestão do prefeito Sarto. Entendemos que os bons hábitos formados na infância são essenciais para o desenvolvimento e vão refletir na fase adulta”, conclui a secretária da Educação, Dalila Saldanha.

“Elaboramos, acompanhamos e avaliamos o cardápio escolar, bem como sua execução e aceitação por parte dos alunos. Incluímos refeições que assegurem as necessidades nutricionais, respeitando a cultura alimentar local e contribuindo para o crescimento, aprendizagem e rendimento escolar”, explica a nutricionista Natália de Macedo.

“Também pensamos em alunos com necessidades específicas. Por exemplo, se temos um caso de Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), mediante o laudo médico, é realizado um alinhamento com os responsáveis e a devida elaboração de um cardápio que contemple de forma segura a necessidade nutricional do aluno”, completa Natália.

Cuidado e reconhecimento
Para a execução de todos os cardápios, 1,3 mil manipuladores atuam nas unidades escolares. Cristina Alves faz parte deste time e, atualmente, assume o trabalho no Centro de Educação Infantil (CEI) Professor Mirton La Marques, na Granja Portugal.

“O manipulador tem um papel de grande responsabilidade. Passamos por formações e somos acompanhados pelas nutricionistas para que a gente possa preparar a alimentação. Isso é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Vamos introduzindo os alimentos na rotina e eles saem daqui gostando de tudo, pedindo cada vez mais”, pontua a manipuladora, que passa por capacitações contínuas onde são abordadas desde as técnicas de manipulação, intolerâncias e alergias, até a importância dos controles de estoque.

E como retribuição ao cuidado dedicado no preparo das refeições, os manipuladores recebem constantemente elogios de familiares dos estudantes. Rayanny Albuquerque é uma das mães que reconhecem o valor da alimentação escolar na formação de hábitos saudáveis.

“Minha filha estuda no CEI desde os sete meses e, desde então, ela desenvolveu muito, especialmente na alimentação. É uma criança saudável, com muita energia, e eu atribuo boa parte disso à nutrição. A gente vê o que está sendo ofertado para os nossos filhos e é tudo de qualidade, pensado para fortalecer o sistema imunológico, o funcionamento do organismo e cognitivo da criança”, relata a mãe de Eloá Albuquerque da Rocha, aluna do Infantil I do CEI .