Durante a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa do Ceará(Alece), realizada nesta terça-feira (01/07), o deputado estadual Salmito (PSB) fez um pronunciamento enfático em defesa do papel estratégico do Ceará no combate à pobreza, na atração de investimentos e na consolidação de políticas públicas que promovem o desenvolvimento econômico. A fala ocorreu durante a apreciação e aprovação de mensagens do Poder Executivo. Uma delas tratava de indenizações por desapropriações e desapossamentos decorrentes da implantação do Polo Industrial Automotivo do Ceará situado no município de Horizonte (projeto de lei oriundo da Mensagem nº 9.378) e a outra institui modalidade de aquisição centralizada de produtos da agricultura familiar para atendimento de demandas institucionais (projeto de lei oriundo da Mensagem nº 9.379).
Salmito fez referência aos deputados que haviam se manifestado anteriormente na comissão, e destacou a importância de reconhecer os avanços obtidos pelo Ceará nas últimas décadas. Segundo o parlamentar, mesmo com mais de 90% de seu território inserido no semiárido, o Estado se destaca por seus indicadores sociais e econômicos positivos.
“Deputados de oposição, que fazem um esforço legítimo de encontrar alguma limitação ou falha que o governo possa ter — o que é, inclusive, o papel da oposição —, podem falar de tudo deste governo, menos de política pública que entrega resultados. A rigor, estatisticamente, nós estamos em pleno emprego no Estado do Ceará. É claro que ainda precisamos gerar mais empregos, aquecer ainda mais a economia e criar mais oportunidades de trabalho e renda, principalmente no semiárido, mas não somente. Estamos crescendo quase o dobro da média nacional — e o Brasil está em crescimento. Temos o maior crescimento industrial dos últimos dez anos e o maior avanço no setor primário, na agricultura e na pecuária, dos últimos 30 ou 40 anos. Basta observar os dados oficiais do IBGE”, argumentou Salmito.
O parlamentar foi enfático ao reconhecer que o Estado ainda convive com desigualdades profundas. “Nós somos um Estado que ainda tem mais pessoas nos programas sociais do que com emprego com carteira assinada. Isso não depõe contra nenhum governo. E ainda bem que essas pessoas hoje estão nos programas sociais, porque há 20, 25 anos, nem isso existia. Parte dessa população morria de fome”, disse, ao citar autores como Celso Furtado e Raquel de Queiroz para contextualizar a formação histórica e social do povo cearense.
O deputado também ressaltou que esse momento de pleno emprego e crescimento econômico acima da média nacional, apresentam recordes históricos nos setores industrial, agropecuário, de serviços e turismo. Ele enfatizou que esses resultados são fruto da continuidade de políticas públicas, segurança jurídica e do alinhamento entre o governo estadual e o federal.
Salmito deu destaque especial ao papel do Estado na transição energética mundial, com projetos voltados ao hidrogênio verde e à expansão da infraestrutura elétrica. Citou, como exemplo, empresas transnacionais que já pagam até R$ 200 mil mensais apenas para reservar áreas na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Pecém. “Se alguém disser que uma empresa privada paga isso para não investir, me explique tudo de novo. Aí sim eu deixo de acreditar na racionalidade do mercado”, ironizou.
Ele também explicou que os investimentos estruturantes são financiados por instituições como o Banco Mundial, com prazos e condições sustentáveis, e destacou que “esses financiamentos se pagam” não apenas financeiramente, mas pelos impactos sociais e econômicos que promovem.
Além disso, o deputado mencionou projetos estratégicos em andamento, como o Polo Industrial Automotivo — que será o primeiro multimarcas do Brasil —, o polo calçadista, hospitais regionais e a atração de data centers com capacidade energética de até 10 gigawatts, quase seis vezes mais que o consumo atual de todo o Estado. Salmito enfatizou ainda a nota A que o Ceará mantém na avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional, indicando excelência na gestão fiscal.
“É isso que faz o Governo do Estado do Ceará e o governador Elmano. É política pública que transforma a realidade, gera emprego, atrai investimento e melhora a vida do povo cearense”, concluiu.
